Hoje, vários discursos sociológicos, antropológicos e econômicos apresentam esta
sociedade da informação como uma nova sociedade na qual haveria transparência da
informação, na qual esta informação seria disponível para o maior número de indivíduos para um custo muito baixo, e na qual os mercados seriam, finalmente, concorrenciais. Em outras palavras, esta sociedade “informacional” se caracterizaria por rupturas fundamentais em relação à sociedade industrial: rupturas sociológicas, em relação à instauração de uma democracia digital, rupturas econômicas com a chamada “nova economia”. A partir de uma abordagem crítica, queremos questionar a natureza dessas rupturas e ver em que medida essas podem ser interpretadas como a continuação de um processo de longo prazo, totalmente coerente com as evoluções históricas do capitalismo.
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