Este artigo reflecte quer pela consubstanciação histórica, quer pela nossa prática lectiva actual, a necessidade crescente em criar ou recriar o jogo como fonte primordial e auxiliadora da educação, assim como ponte preferencial entre o saber e o prazer em saber, ambos factores importantes na sedução e na abordagem educativa contemporânea cada vez mais exigente com toda a comunidade educativa.
Os desafios que constantemente surgem aos responsáveis pela educação das novas gerações (pais e professores) passam, se bem que em parte, por uma acertada aposta numa escola pluridimensional, onde o prazer e o conhecimento convivam saudavelmente, para além de estarem na sua essência, ladeadas de práticas interdisciplinares de carácter lúdico implementadas nos planos curriculares ou extra-curriculares das nossas escolas. O que realmente interessa é saber o que fazer e, se assim quisermos, como fazer melhor… A barreira das emoções e da sensibilização artística só é ultrapassada e compreendida através de abordagens coerentes e ao mesmo tempo lúdicas, se bem que no seu cerne está bem patente a responsabilidade de formar seres humanos mais conhecedores do mundo, da vida e principalmente fazê-los sabedores das suas capacidades e das suas fraquezas. Só de uma forma sustentada e prazerosa poderá nascer uma escola rejuvenescida e clara de objectivos à luz das nossas leis prodigiosas e da nossa prática educativa, há luz do tempo em que vivemos, paupérrima e ultrapassada, por vezes.
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